Galeria (2018)

Com a morte de D. João VI, nasce um problema de sucessão dinástica entre D. Pedro e D. Miguel. O primeiro havia declarado a independência do Brasil e o segundo revoltou-se contra o seu pai por duas vezes, na tentativa de repor o absolutismo, contudo, ambas foram falhadas. D. Pedro assume-se como o legítimo herdeiro ao trono e abdica do mesmo a favor de sua filha, princesa Dª Maria da Glória. Outorga a Carta Constitucional de 1826 e de forma a apaziguar a relação com o seu irmão, convida-o a casar com a sua filha, tornando-se regente até esta ter idade para assumir o trono, tudo isto com uma condição, o juramento da Carta Constitucional. D. Miguel concordou, mas a sua adesão ao liberalismo foi falsa, dissolveu as Cortes e proclamou-se rei absoluto em 1828. A reação no país contra D. Miguel foi grande, pois ocorreram significativas rebeliões, que, embora frustradas, são um importante sinal da fragilidade política. Dá-se início ao terror miguelista, os liberais são perseguidos, presos, mortos, e os que conseguem escapar, estão no exílio. Perante toda esta situação, e com o dever de defender a honra de sua filha, D. Pedro abdica do trono do Brasil e vem para Portugal. Em 1831, D. Pedro desembarca as suas tropas nos Açores e toma diversas ilhas, a ilha Terceira seria a mais importante, estabelecendo o arquipélago como base de operações. Todos os meios necessários para atacar o continente chegavam aos Açores em meados de 1832. O início da guerra civil ficou marcado com o desembarque das tropas liberais de D. Pedro em Matosinhos (atual praia da Memória), em julho de 1832, às quais se juntaram muitos liberais. Após o desembarque, dá-se o Cerco do Porto que duraria cerca de um ano e que não trouxe nada de bom aos liberais, a não ser fome, epidemias, atrasos de pagamentos dos saldos, indisciplina e revoltas de esquadra. Os miguelistas, consumidos de fadigas e de sacrifícios, cederam. Depois de diversas batalhas e conflitos entre liberais e absolutistas, a Batalha da Asseiceira seria a derrota decisiva do absolutismo. Perante um exército reduzido e extremamente cansado, D. Miguel decide render-se e declara-se derrotado na Convenção de Évora-Monte em 1834.


Disciplina: História A

Professora: Ana Sousa


Autores

Autores:

  • Nuno Filipe dos Santos Silva, Escola Básica e Secundária de Águas Santas, 11E
  • Diogo Filipe de Almeida Pinheiro, Escola Básica e Secundária de Águas Santas, 11E
  • Rogério Luciano Santos Caldeira Escola Básica e Secundária de Águas Santas 11 E